Um som oco surgiu na janela, muito ténue, como o caminhar da mamã na cozinha. Ouvi-o de novo, mais forte, acompanhado por um sombra indistinta no cortinado. Cautelosa, agarrei-o, e muito devagarinho afastei o muro bege, enfeitado com flores rendadas, dos meus olhos curiosos. Uma passarinho cinzento, debatia-se para entrar. Aproximei-me para o ver melhor e parou de bater as asas. Olhou para mim e piou. Piou novamente. Senti um pedido no seu piar e na forma de como batia no vidro. Abri a janela e ele saltitou para o parapeito interior. Afastei-me de imediato, com um medo que desconhecia. Desejava tocar-lhe e abraça-lo, mas tinha medo que me picasse.
Tenho um medo irrealista de coisas que me impedem de evoluir, de crescer e amadurecer. Medo e "pavor" de pequenas coisas que exprimidas não saem nada. É um medo de saltar a pequena poça e ficar com receio de que quando chego à outra ponta, cair e molhar. Medo de me ridicularizar, tornar-me num alvo de gozo ou de assalto. Uma variável imutável, constante, que só posso mudar a cada passo que ganho confiança no mundo, para além de mim mesmo. Porque o que me impede de ser um herói, é a violência que não controlo, que destrói o mundo e corrompe as pessoas.
Tenho um medo irrealista de coisas que me impedem de evoluir, de crescer e amadurecer. Medo e "pavor" de pequenas coisas que exprimidas não saem nada. É um medo de saltar a pequena poça e ficar com receio de que quando chego à outra ponta, cair e molhar. Medo de me ridicularizar, tornar-me num alvo de gozo ou de assalto. Uma variável imutável, constante, que só posso mudar a cada passo que ganho confiança no mundo, para além de mim mesmo. Porque o que me impede de ser um herói, é a violência que não controlo, que destrói o mundo e corrompe as pessoas.
Não estou em Auschwitz, mas às vezes pareço caminhar para as câmaras de gaz.