quinta-feira, 13 de junho de 2013

Agarra-a pelo pescoço...


As mãos apertaram com força o pescoço. Os nós da coluna incomodaram-me o garrote, e forcei o nó. A cara avermelhava-se. O corpo debatia-se, contorcendo-se e agredindo a imagem que a fazia mijar pelas pernas abaixo. Senti o cheiro a flores no ar.
A cara com a aflição estampada, excitava-me. Os olhos largos, castanhos, pareciam atacar-me a alma. Ouvia um pedido de socorro em cada gemido e grito rouco. A tensão dos seus músculos, arranhavam-me os braços, electrificavam o ambiente, debatiam-se pela sobrevivência, de uma fuga impossível. A elasticidade dos seus dedos enfraquecia, e com eles as pálpebras, a respiração, o peito arfante, a pulsação.

Olhou-a. Contemplou a fêmea, rasgada, dominada, morta.

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A adrenalina que lhe corria pelas veias, lentamente se expulsava em forma de esporra para cima daquele corpo tão sexy e provocador. Toda a pele o faziam excitar-se. Era ceda pura, que podia tocar e mordiscar. A já defunta tornava-se mais uma das suas marionetas, as mãos um utensílio sexual. A boca, a vagina, os pés, o cabelo... Sentia falta dos gemidos e da cona apertada que tinha tanto prazer em rasgar, mas hoje estava demasiado descontrolado.

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