terça-feira, 25 de setembro de 2012

A moda social e as lojas de roupas...



Ontem, ao dar uma volta com uma amiga, pelas lojas de Aveiro, fui absorvido por um pensamento que já tinha à muito tempo.
Porque razão é que existe muito mais roupa para mulheres, muito mais espaço, muito mais lojas? Têm e controlam uma área maior do que os homens e crianças juntas. Para além da roupa normal, ainda têm a lingerie. O homem podia ter um espaço para pijamas. Mas talvez o facto de não existir tal espaço para eles, significa que os homem querem-se nus na cama e as mulheres não? Eu gosto de ver a minha namorada, se tivesse uma, nua na cama deitada ao meu lado. É uma ideia sociológica imposta pela sociedade? As mulheres usam a lingerie ou as roupas de pijama para dormir, e os homens usam apenas os boxers. Porquê? Porque as mulheres devem estar na cama de uma forma mais... "sensível" ou "doce" ao toque, e os homens têm de ser "ásperos" e frios?

O facto de haver uma maior abundância de lojas e roupa para mulheres, tem haver única e exclusivamente com o seu número no país e no mundo. Como são mais mulheres do que homens, elas precisam de mais variedade de roupa, não porque são exigentes, mas porque psicologicamente têm gostos mais variados, igual ao dos homens, mas como são mais, esses gostos têm de ser vendidos e comercializados, porque as empresas de roupa sabem que vão vender. O público é enorme e as probabilidades de que cada peça seja vendida, é também ele enorme.
Por tanto, não existe uma maior variedade por serem exigentes, mas por haver várias estatísticas psicológicas ligadas aos gostos das mulheres. No entanto, parece que a sociedade quer que os homens andem com roupas feias e brutas no dia a dia. T-shirt e calças de ganga. Casacos de ir correr, entre outro tipo de coisas feias que tentam vender só para o estilo. Sim, não nos devíamos preocupar tanto com o que vestir, se estamos mal ou bem vestidos, mas já que a nossa mente evoluiu, podíamos evoluir também a mentalidade social.
Eu sendo homem, consigo ainda assim ver coisas muito mais bonitas nas roupas das raparigas, do que na dos rapazes. Consigo apreciar muito mais a variedade ou a singularidade de cada roupa semelhante entre si, do que a barbaridade de coisas que tentam vender aos rapazes. Para além de que quase nada me fica bem, e me agrada, as roupas boas são caras. E tenho pena porque se eu me quiser vestir bem e me quiser sentir bem, dar bom uso ao meu corpo através da roupa, tenho de gastar rios de dinheiro. Mas de certa maneira... ainda bem que vendem roupa feia, que assim consegue-se destingir os pacóvios dos que realmente têm cabeça. Se bem que... há sempre excepções.

Outra coisa interessante com o qual me deparei, foi um desfile que houve no Forum de Coimbra. Cada rapariga desfilava com a roupa que trazia vestida. E cada vez que uma rapariga desfilava, as caras alteravam-se, engelhavam o nariz, conseguia-se sentir a inveja crescer-lhes nos rostos. Ou sorrisos de vitória. Umas achavam-se melhores do que outras, óbvio, e outras aceitavam não ser tão boas. Havia raparigas bonitas, bem vestidas, apresentáveis, mas... aquilo que achei interessante, foi a sociedade desfigurar por completamente a competição genética, a competição entre fêmeas por um macho alfa. Mas neste caso, apesar de ainda existir uma certa competição, não fossem as raparigas na fila de espera, olhar fulminantemente para a que desfilava, também os rapazes que esperavam pela sua vez, as olhavam de alto abaixo. No entanto, existia um pensamento muito social naquelas caras. Era um ego completamente eloquente, uma auto-estima de auto-glorificação. Não era narcisismo, era mesmo excesso de confiança. O que não tem nada de mal. Mas não aquilo não eram humanos, nem animais, eram pessoas. Pessoas com emoções fabricadas. Não havia nada de animal nelas, nada de bonito, apenas a cópia rasca de uma mentalidade comercializada vezes e vezes sem conta. Impingida e enfiada pela goela a baixo.
Eles são assim porque querem? Não, eles tornaram-se assim, pela falta de cultura que existe no povo. Pela falta de responsabilidade dos pais, da deseducação. Da falta de maturidade que existe nas pessoas mais velhas. É um problema de geração, um problema da rádio, da televisão, das noticias, dos filmes, dos livros. A marketização da mente individualista mas elitista. Um problema agravado pela estatística do ser social que as empresas exploram e tentam criar.

Significa então, que as raparigas são animais muito facilmente manipuláveis. Alguém contesta? Tenho provas estatísticas, filmes, novelas, livros, músicas, fotografias, publicidade, revistas, jogos, etc... 



Vi um filme que se chama "ReGeneration", que fala sobre a geração que existe hoje nos Estados Unidos. E uma das partes que mais me chocou no filme, foi a atitude dos pais. Pelo que a professora entrevistada disse:
Os miúdos são levados ao director por mau comportamento, e os pais vêm à escola ralhar com os professores, com os directores, porque não querem que os seus filhos sofram as consequências dos seus actos. Não querem que os culpem. Mas o que é que isso vale às crianças? De que tudo o que ela faz está bem? E os pais lutam pelas crianças para que os seus filhos não sofram as consequências dos seus fracassos.

O fracasso de uma geração... é o fracasso de mentalidade do futuro cidadão.
Existem mais livros hoje em dia, sobre como lidar ou educar uma criança, que antigamente. Os pais preocupam-se mais em estar presentes no crescimento e educação dos filhos, mas só fazem pior. Basta passar um dia num liceu, para perceber e prever o futuro dos nossos jovens. Basta olhar para a televisão durante algumas horas e ver a propaganda que tentam impingir. As guerras pelo melhor material escolar, pelas roupas de marca, pela diferença de quem é pobre e de quem é rico.
Existe uma deseducação que me assusta, e um país que cada vez se torna mais negro e irracional a cada dia que passa.

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