sexta-feira, 29 de abril de 2011

Avernus na escuridão...



Quando te vejo, à noite...
Aqui, num abraço frio,
A tua cara que contempla a morte,
Faz-me tremer a alma, e chorar o mundo...

E das tuas mãos brotam flores!
Que pintarão o mundo com as cores do teu amor.
Soltas um grito que canta a mais bela sinfonia,
enquanto o vento leva os teus cabelos e os teus sonhos.

É esta a magia do teu ser...
Quanto te abraço com encanto,
Num leito funebre.

Uma noite da minha vida,
entre um sorriso fraco e cartas de amor.

A minha vida reconforta-se,
E voamos mais alto.
Partir com o medo no peito, e um beijo nos lábios...
Uma palavra de amor... e ninguém já mais saberá o que é ter vivido ao teu lado...

Canta para mim...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Parecia uma gaja...


Bem, hoje com a namorada, parou um carro com dois gandulos lá dentro, armados ao caralho, mas isso não interessa, porque é a geração de hoje em dia e não se pode fazer nada, e pararam de repente.
Riram-se, olharam, e arrancaram, e um deles comentou: "-- Parecia um gajo."

Bem, para mim isto só significa que me estavam a chamar "gaja", ou "rapariga".
Coisa que já não tenho paciência, e mostrei-lhes um dedo. Travaram, voltaram a traz, e todos ofendidos (eram só dois), começaram a falar, a falar a falar, e pronto, não bateram em ninguém.
Admito que não o devia ter feito, e assumo "responsabilidade" pelo meu acto, mas escusavam de gozar comigo, ou de me chamar nomes.

Fiquei a pensar naquilo, porque nunca fiz nada do género, nem nunca pararam o carro e fizeram marcha atraz.
Nem sei porque é que o gajo disse: "-- Para a próxima capote para o outro lado!", mas pronto, ele é que sabe, eu não estive bem, mas eles também não tinham de parar e fazer o que fizeram.
Quando vou na rua, não paro e fico a olhar fixamente para a pessoa que me parece conhecida.
Eles lá sabem o que é "educação", se a tivessem, ou fossem inteligentes, teriam abrandado, e na dúvida das dúvidas, teriam andado devagarinho para verem quem seria. Mas não, a toda a velocidade, travam a fundo, riem-se e ainda gozam, e depois acham que têm toda a razão do mundo. Mas pronto... eu não tive bem, e eles também não, mas é só a minha opinião no acontecimento.

À vinda para a Mealhada, sai do comboio e estavam umas pessoas à esperam, mais propriamente, uns manfios suspeitos. Sai, dei uma passo e passei por eles, logo a seguir:
"-- Parecia-me uma gaja!" e eu nem estava a mais de 2 metros quando o gajo disse aquilo.
Será que.... o problema é mesmo meu?

Eu acho que não! :S  Quer dizer...
As gajas não têm pelos nas pernas, nem a barba por fazer.
Será que os gajos estão a perder a noção do que é uma rapariga? o.O
Sou assim tão parecido com uma SÓ porque tenho o cabelo comprido? :|

Já o referi aqui:
As coisas como elas são...
Mecanizados...


Eu sei que até posso "parecer", PARECER, e não ser, parecido com uma rapariga, pelo cabelo comprido, mas não é razão para as pessoas olharem bem para as pessoas, antes de comentarem o que quer que seja.
Hoje em dia, pelos vistos, é falar mal e pronto, nem saber se é verdade ou não. É "Fodase!" e acabou.
Falam muito, mas sem razão, sem argumentos ou sequer sem perceber o problema ou situação. Só elas, as pessoas, é que têm razão, mesmo só porque SIM, e quem vier por trás que feche a porta e pague o almoço!

Porque será que cada vez os "jovens" parecem ser mais... desbocados? O meu irmão é-o, acho, pelo meu ponto de vista, e quando quer falar de alguma coisa que acabou de ver numa pessoa, quando essa coisa é "má", fala longe dessa pessoa, e quando é "boa", fala ao pé dela, para que ouça e saiba as coisas boas que achamos boas nela. As coisas más, devem ficar só para quem as acha! Ou para o grupo de amigos, e não para toda agente no mundo ouvir, como foi o caso de mais do que mais de uma situação que me aconteceu, SÓ, comigo.

Vemos então o quê? A necessidade "mórbida" de gozar com todos os que achamos fracos, com todos os que são mais burros, mais pobres, menos capacitados? Temos necessidade?
Bem, hoje em dia, com o estado do país, iram notar, quando saírem, que cada vez se nota a faixa que divide os "Pobres" dos "Ricos". E parece que os "Ricos" têm a necessidade de se fazerem notar, de se sobressaírem, e de se glorificarem, só por o serem.
Serem filhos de pais "Ricos", ou com muitas posses, nem sempre significa boa educação.
E tenho vários exemplos disso. E posso até comprovar, que familias ricas de "pais" ausentes, podem e contribuem para o "analfabetismo" da educação da criança. Porque os pais dedicar-se-ão, mais ao trabalho do que propriamente aos seus filhos e às suas... vitórias.

A questão será mais... "Será que as pessoas sabem ser cívicas?", "Será que sabem viver em sociedade?"
Que sabem ser e estar? Bem, aparentemente, sim.
Porque quem fumo, é visto muito mais rapidamente como "uma pessoa responsável", dependendo do que vestem, que enquanto uma pessoa que não fume nem beba, é marcada como "anti-social", "calmo, pacto, "ignorante", burro", porque os que fumam nem precisam de ser inteligentes para serem.. "respeitados" ou até mesmo "desconfiados", porque já são ... qualquer coisa na sociedade, estão inseridos, logo devem ser boas pessoas. Face que os que não fumam nem bebem, têm, ou são naturalmente mais inteligentes, porque precisam de mostrar que são algo.

Então o problema estará na sociedade, que forma este tipo de indivíduos.
Está nos pais, que educam estes filhos.
SIM! Porque não é por terem ou serem maiores de idade (18 anos), ou porque têm mais de 25, ou mais de 32, ou 45 anos, que a educação dos seus pais, deixa de ser necessária. Não é por terem filhos que deixam de ser educados.
Não o são, porque já não vivem com os pais, porque talvez não é necessário, e as coisas têm de partir deles mesmos e não dos pais.
Mas parece-me, que ainda falta educação a muita gente. Eu sei que não agi bem, mas vendo da minha perspectiva, também eu tenho ou tive o direito de ficar chateado e ofendido com a "brincadeira" que fizeram.

Mas como não fumo, nem bebo, e pareço-me com um gajo que não anda à porra ou não tem força, decidiram meter-se comigo, só porque podiam, e não porque realmente se sentiram ofendidos. Foi uma questão de "Forças" e não Cívica, que aconteceu ali. Foi mais pelo facto de serem "machos dominantes", do que por terem sido pessoas cívicas e correctas, que agiram "bem" perante uma má situação.

Em portugal, a Liberdade de Expressão nunca existiu. E hoje em dia, a BOA educação, está a desaparecer, a esfumar-se, através de pessoas que não sabem estar, nem ser, nem educar, nem ensinar.
E ao mais, estar falta de educação, não é da crise!! Já vem de à muitos anos... Infelicidade.

Mas continuo sem perceber o porquê de me acharem "menina"!
Não sabem olhar para as pernas? -.-'
Eu sinto-me lisonjeado de me acharem uma, porque só demonstra que sou bonito, e vocês não. Mas entristecesse-me, e aborrece-me, ter de ouvir esse tipo de coisas, mesmo ao meu lado, perdeu-se o respeito?! Falam mal das pessoas nem a 5cm delas?

Já na 2ª feira (25 de Abril de 2011), uma rapazito, novo, com os seus... 5 ou 6 anos, passava por uma pessoa (homem) e dizia: "-- olha um senhor...".
E quando passou por mim, disse-me: "-- Olha um senhor, com cabelo de menina." Dito isto, não ouvi nenhum dos pais dirigirem uma única palavra, OUVIR, porque não vi nada, e ficou-se por ali.
Pronto!, Está tudo fodido! O garoto aprendeu a falar "mal" das pessoas!!

Sempre me ensinaram a não falar mal das pessoas na cara.
Sempre me incutiram uma boa educação.
E aprendi sozinho, a falar mal, quando sei que tenho razão.

Eu sei destingir um gajo de uma gaja... vocês não?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aconteceu... a vida!


Vemos-la saltar, entre as pedras do passeio e a berma da estada,
Vemos-la fugir das ondas, e a cavar buracos em toda a praia...
Irrequieta, Alice!
Vem sempre com insectos no bolso. Corre pelo jardim de infância como se não ouvesse amanha!
Grita e ri, desengonçadamente, com a cara e as mãos pintadas, e o bibe que sirva de toalha...

Ela cai, mas não chora... e vê-mo-la então estrebuchar, zangada com o mundo.
Sempre com o seu olhar, aquele olhar que parece atravessar as coisas mais simples... e perguntas sem vergonha ou tabu.
 Uma criativa desalmada, que inventa histórias e personagens com os seus ursos e almofadas.

Dá-me um beijo, meu amor... dá-me um beijo.

Por entre a tempestade, apareces-te como uma luz, forte e brilhante... com um sorriso que me destruiu a âncora do meu ser, neste mar apanhado pela tempestade.
Num balançar incessante, num choro profundo, na escuridão da pressão de uma chuva... que contra todas as probabilidades, virou dia.

Um olhar que atravessava o horizonte do presente, uma estranha cor que nos fazia voar num sonho sem fim, no futuro do nosso ser. Visões de algo que ainda não existia, mas que parecia ser tão real como tu e eu.
Cada gesto, cada palavra, cada beijo... um reencontro das nossas almas.
Pareciam perdidas, neste lugar tão estranho e assustador, numa nova época, que desconhece o amor.
Amor como "Os Maias", amor rústico(velho, antigo)... em que só a velhice do nosso pensamento, partilhada por cartas de amor, permanece na história do nosso pais...

Assim foi Pedro e Inês, assim serei eu e tu!
Com sonhos pela Escócia, do seu timbre e paisagens... tal como o é portugal.
Anjos caídos do céu, que se encontraram numa probabilidade infinita...
És a minha alma gémea!

-- O que aconteceu?
-- Ela. A minha vida.

sábado, 16 de abril de 2011

O autocarro ia tão cheio...


O Autocarro ia tão cheio, tão cheio, tão cheio, que se enfiássemos uma folha de papel, tirava lugar a 3 pessoas!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Porque esperamos...


Porque conseguimos, muitas das vezes, esperar calmamente por um Táxi, por um Comboio ou autocarro, por mais de meia hora, mas não somos capazes de "aguentar" nem conter a frustração, de estar à espera no médico, ou nas filas de espera do super mercado, ou na fila do cinema?

Pagamos em "todo" o lado, e parece que os únicos locais onde sentimentos que tudo é lento e anda contra nosso favor, é precisamente nos locais onde só existe uma pessoa a atender, e... onde depois de atendidos, ficamos com a mesma doença, ou à espera que o filme comece, ou numa fila de trânsito que parece formar-se de cada vez que saímos de uma rotunda...

Em qualquer que seja a circunstância, todos pagamos, quer antes quer depois para usufruir do serviço.
No hospital, no cinema, nos super-mercados, no café... queremos ser atendidos o mais depressa possível. O melhor possível. Porque talvez, de certa forma, os nossos cérebros acham que se conseguirem ser os primeiros, ou serem mais depressa atendidos, que têm a oportunidade de terem/receberem o que quer que esteja disponível, do bom e do melhor, do maior e mais saboroso, para que tenham vantagem sobre quem vem atrás.

Resumindo, quem chega primeiro à peixaria, obtém sempre o melhor peixe! Quem chega primeiro à bilheteira, tem sempre o melhor lugar. Quem se despacha nas filas dos super-mercados, evita "sempre" as filas de trânsito.

À espera dos comboios, dos autocarros, dos táxis, sabemos que nunca iremos ser os melhores, porque é usar e pronto. E no entanto, que muitos de nós utiliza diariamente. Será porque não vale a pena resmungar? Nos outros locais também não, porque continua tudo na mesma, e ainda assim resmungamos.
Será então, porque estamos em contacto com as pessoas que nos atendem, porque estamos numa fila. Porque quem estiver à nossa frente receberá melhor, e, para nós, "SERES" humanos, vemos tudo como um campo de batalha. Tudo é para defender. Nem que seja por um caralho de um pano! Nós tendemos em andar à bulha na cozinha ou nos restaurantes.

Achamos que estamos sempre a ser avaliados pelos que nos rodeiam.
Achamos que à primeira demonstração de parte fraca, todos nos caiem em cima e nos levam o pano, ou a cadeira.
Parece então, que nada nos é definitivo. Que só é nosso por um determinado tempo.

Voltando aos comboios. Não temos de estar a "aturar" ninguém. Nem de falar para ninguém. Nem de comunicar ou cumprimentar. Talvez, só por isso, esperemos meia hora sem resmungar muito, pois é algo que realmente nos é necessário. Bem... também o é o médico, e mesmo assim resmungamos.

Resmungamos com os transportes, se realmente virmos que esperamos tempo demais.
Quando vemos os outros a serem "servidos" e nós continuamos à espera durante dezenas de minutos para andar 10 minutos de autocarro, ou 20 minutos de comboio.
Começamos a estrebuchar, porque pagamos e somos mal servidos.
Bem... nós então somos muito pacientes.

Isto tudo para dizer, que barafustamos com muita coisa, que afinal são iguais a tantas outras. Apenas, nessas alturas, só vemos à frente os benefícios que podíamos ter se fossemos os primeiros, ou se o sistema andasse mais rápido.

Quando me encontro numa destas situações, em que tenho de estar à espera, ponho-me a pensar, no quão "estúpido" é, as pessoas ficarem tão "chateadas" com isto. Um desses casos, é o de ficarem à espera nos super-mercados, como já escrevi aqui à tempos.
Para quê ficarem tão frustradas? Tão irritadas? Tão chateadas?
Levem as coisas com calma! Só stress!
Nesses casos, já nem me preocupo. Limito-me a esperar e a olhar em volta, ou não olhar de todo.
Tudo o resto deixa de existir. Deixo de me preocupar. E de certo modo até descanso.