sábado, 1 de julho de 2017


Os altifalantes da estação falaram e um comboio verde deslizou à sua frente, num guincho metálico, sustendo a sua paragem.
Entraram no intercidades, caminho a Lisboa. Subiram as escadas de metal e procuraram os lugares previamente comprados online. Sentaram-se, num conforto que lhes custava apenas mais 5€ no preço final do bilhete.
Cecilia esperava ver maioritariamente homens de negócios, engravatados e de fatos imaculados, portáteis abertos e telemoveis de luxo sobre as mesas, mas para seu espanto, sem se decepcionar muito, descobria algumas pessoas a dormir, uma senhora de palavras cuidadas ao telemovel. Jovens de phones nos ouvidos e um ligeiro barulho de fundo de conversas e contra-conversas, que respeitavam os ouvidos de cada um dos passageiros.

Levou largos e longos minutos para descobrir os sons da caixa de metal. Eis então que nas colunas surge a voz do comandante a avisar a proxima paragem.
Sentiu a força no corpo, e a barriga pesar. Tinham acabado de parar em mais uma estação do qual desconhecia o nome e que os colocava cada vez mais próximos do seu destino.

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