terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Vais procurar-me nos outros...

[Mother and Son playing - Pinterest]

[26/12/2017]

Vais procurar-me nos outros. Prometo-te.

Piadas parvas e talvez alguma infantilidade à parte, tudo o que dei e fui para ti, não terás com mais ninguém.

Tudo o que fui, foi do que li, do que vi, senti e vivi.
Todos os pequenos momentos foram feitos para serem únicos e especiais, nossos.
O nosso primeiro passeio.
O nosso primeiro beijo. O ramo de flores...
O nosso pôr do sol.
A nossa primeira vez. No meio do nevoeiro de um dia cujo frio não se fez sentir...

Dei tudo de mim, sem nunca pedir nada em troca.
Todo o meu carinho.
Toda a minha ternura.
Todo o meu tempo.
Toda a minha paixão e desejo.
Todo o meu amor.
Toda a minha atenção e dedicação.

Acredita quando te digo que me irás procurar nos outros. Contigo descobri que posso dar muito mais do que pensava. Que posso ser melhor do que me esforcei ao máximo para o ser contigo. Que tudo, mas absolutamente tudo, me veio do coração e da alma, sem nunca com o objectivo de te magoar a ti e aos teus, mas para te deixar realizada, completa, satisfeita e corajosa.

Sou o rapaz que toda a rapariga sonha ter, mas não te recordas de quando a tua "amiga" se queixava do "namorado" e te dizia na cara que tinhas sorte em ter um rapaz como eu.
Não fui perfeito quanto à atenção das minhas piadas ou situações em que abri a boca sem pensar primeiro. Mas situações menos boas da minha parte, e tens um homem de 28, que apesar de não socializar, nem ter amigos com quem sair, esteve ao teu lado quando estavas doente, indisposta ou mais sencível naquele período do mês.
Que está a criar um império para ele e para a futura familia.
Que tem carro próprio.
Um trabalho com um bom horário.
Que tem um bom ordenado.
Um apartamento.
Que corre.
Que lê. Que se informa. Que vê filmes e séries.
Que escreve.
Tinhas um homem, que não bebe, não fuma e prefere ficar a teu lado, no sofá, na cama ou a passear, do que sair todas as tardes e noites para ir beber com os colegas de trabalho, ir jogar á bola ou fazer qualquer outra coisa como todos os homens que não amam as suas mulheres.

Foi na minha forma de estar com quem não conheço que me ajudaste a mudar, e também, no sexo.
Mas como te disse uma vez:
-- "A proxima que vier já terá alguém melhor."

Não chores. Foste tu quem preferiu acabar.
Foste tu que não viu mais de mim.
Foste tu que se esqueceu do que é aceitar a diferença.
Vais procurar-me nos outros. Prometo-te.
Daqui por uns anos, irás perceber algo muito importante sobre mim:
Eu não parei no tempo como todos os teus amigos.
Eu não me torno mais parvo com o tempo.
Não fico mais burro nem tomo menos riscos.
Eu não me esqueci de que estou a crescer. De que erro e que tenho muito para aprender.
Eu não tenho amigos, mas crio obras, dentro ou fora de mim, que me unem aos outros.
Eu não paro no tempo...
Não é ser convencido, é dizer-te, através destas últimas palavras, que perdeste a oportunidade de estar ao lado de alguém que te faria feliz o resto da vida. É dizer-te a verdade de quem sou, do que dou, do que fui para ti e ao teu lado.
Não é ser convencido, é dizer que aquilo em que sou realmente especial, é em amar e cuidar.

A próxima que entrar na minha vida, terá o homem que quiseste deixar ir. O homem que gostavas que eu fosse. Melhor.

Prometo-te.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Eu recordo-me...


Eu recordo-me...
Tinhas as mãos bonitas.
Recolheste os meus passos, entre os dedos compridos, e o meu andar virou de cabeça para baixo.
Nunca foram o suficiente para decidir por mim o caminho a seguir na estrada, ou na vida... foste o iman que calibrou a minha bussula.
Deambulando pelo mundo, encontrei-te.
Tinhas uma roupa tão bonita.
Eu recordo-me...
Tinhas uns lábios perfeitos que adorava beijar. Saborear.
Despir-te, nua, até à alma, desenhando um traço envenenado na pele suave, por onde escorria a saliva que me saia entre os lábios, sobre cada osso, cada músculo, cada pêlo.
Soltei da masmorra o assassino, o monstro, o demónio fantasiado, acorrentados e amordaçados. Em silêncio aguardaram o teu corpo, cuja vergonha te penetrou como um rei, no meio de gemidos abafados.
O teu olhar era brilhante.
Eu recordo-me...
Um espectador, aguardado a próxima fala, o próximo acto de uma peça que se desenrolava em cada palavra, cada gesto, cada olhar nos teus olhos.
Foram eles o meu maior crítico. O consolo de ternura. As saudades e o desejo.
Vi neles os nossos momentos, nesse ultimo adeus em que a terra queimava, em que o sonho ardia em cinza, preparando o luto, a doença.
Eu morri e tu viveste.
Uma felicidade inacabada.
Eras linda.
Eu ainda me recordo...

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Inspiração:

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Nunca...


Nunca amei ninguém, como te amo a ti.
Nunca desejei ninguém, como te desejo a ti.
Nunca senti por ninguém, o que sinto por ti.
Nunca vivi com ninguém, o que vivi contigo.
Nunca sofri tanto por alguém, o que sofro todos os dias por ti.

És para mim o luto mais difícil de fazer.
Sabes onde me encontrar... se um dia quiseres caminhar.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Um dia deixarás de ser tu...

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Sinto saudades de ser amado...
Saudades de sentir o amor através do abraço, de um beijo, de um simples olhar.
As memórias tornam-se pesadelos de uma angústia que se descontrola de dia para dia, que se infiltra no coração triste, sozinho, com tamanha amargura, saudade, solidão.
Choro em sofrimento, invisível, recordando o teu cheiro, o teu amor por todo o meu corpo, a tua presença.
Uma saudade de ti que se transforma, que se monstrifica em cada lágrima derramada sobre o rosto que grita por ti, pelo calor das tuas mãos, pelo toque suave dos teus lábios, pelo laço simples e perfumado que colocavas à minha volta em cada saudade morta por um abraço teu.

Sinto saudades do amor...
Saudades de o buraco da solidão ser preenchido pelo que sou incapaz de lhe dar, como humano que sou na minha mais perfeita imperfeição que é de viver sozinho. Não existem amigos suficientes para o tapar. Não existem risos nem apoio que cheguem, para que a escuridão atenue ou vá embora.
É nas saudades que te vejo. É na dor de te perder, de não te ter, de não te acarinhar, de ouvir a tua voz cantar aos ouvidos.
É no compromisso de saber que estás lá, e sempre estarás, numa promessa de ternura.
Saber que me dás com toda a paixão que carregas contigo, com todo o desejo.

Sinto saudades da cama preenchida...
Saudades do teu peso ao meu lado, do teu calor, dos movimentos de conforto e desconforto.
Da minha mão no teu corpo, na tua cintura, só para saber que ainda ali estavas, que ainda respiravas, que ainda me amavas.
Uma memória, um sonho que nunca poderia criar com todos os detalhes que foi ter alguém, tu, assim ao meu lado, todas aquelas horas da noite, num mesmo colchão, num mesmo sono...
Saber que de manhã, ao acordares, nos demorávamos a preparar para ganhar a vontade de sair debaixo dos lençóis.

Tenho saudades...
Penso então, na razão de te ter sido tão fácil deixares para trás, todo esse mundo, todo esse carinho e ternura que um dia partilhámos. Essa história mágica, os momentos únicos.
Repenso, num sofro de sentimentos abafados, o teu querer da distância, a tua vontade da morte de todas as coisas que um dia nos foram queridas, nos foram especiais.
Para onde foi a vontade? Onde encontro eu a minha força de seguir em frente e esquecer que tudo isso foi apenas só mais um capitulo inacabado?
Que razão existe de quereres atirar todos os momentos que passámos juntos, para o lago, pedra-ante-pedra? Que horrores cometi? Que atrocidades te fiz para chegares a ponto final?

Pensar amar alguém, é-me uma traição...
Conceber sequer dar o mesmo amor a outra pessoa, é um pensamento que sou incapaz de completar na minha mente, no meu coração, através dos músculos do meu corpo, cujo único que querem é ter-te de volta, sabendo eu que sou imperfeito.
Um imperfeito que continua a crescer, a aprender, a criar quem é e o que será.

Se é esse o desejo, de te perderes de mim, espero que um dia não te arrependas, tarde de mais.
Sempre estive aqui, com vontade de amar e ser amado. Nesse dia, possivelmente, já farei alguém feliz todos os dias...tal como um dia te fiz a ti.
Um dia deixarás de ser tu... deixarás de ser a "tal" que julguei ter encontrado.
Que todos os beijos te continuem nas memórias dos momentos que partilhámos.
Que os ramos de flores te alegrem nos dias mais tristes.
Que a minha ausência na tua cama se faça sentir nos teus pés e nas tuas costas.
Que a saudade do meu amor por ti te assombre nos dedos entrelaçados de outro qualquer.

Um dia... tornares-te-ás apenas um alguém... pois da saudade o amor não se alimenta, torna-se pequeno. Se não alimentares, evapora-se com o tempo.


Um beijo a tudo o que foste, a tudo o que fizemos, a tudo o que de bonito partilhámos.
Um abraço de "adeus" que não quero dar, por tudo o fomos.


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Que o meu texto te dê conforto, tu que me estás a ler, nesta altura tão difícil para ti, como foi e é sem dúvida para mim.
Porque amo com tudo o que sou e tenho para dar.
Errei por dizer coisas parvas sem nunca com o objectivo de ofender.
Errei por dizer piadas simples, apenas por achar que me ajudariam a integrar, a ser aceite, a acalmar o meu nervosismo.
Errei por não pensar primeiro antes de falar.

Que a minha experiência te ajude a crescer, a corrigir, a ser melhor.
Não penses que deste de menos. Disso não te poderás arrepender. Seria pior se nada tivesses dado, ou fosse insuficiente.
Trata-a(o) com todo o carinho, atenção, dedicação e ternura. Dá-lhe, proporciona-lhe o sentimento que gostavas de receber, que adoras sentir, que te faz e sabe bem.

Nunca te esqueças de uma coisa muito importante:
"Quando um dia tudo acabar, e tudo desaparecer, só poderás contar contigo mesmo(a)."
"Vai piorar antes de começar a melhorar."
A solidão humana não chega para descrever o sofrimento que é o de existir sozinho na tua própria mente carregada de amor e dedicação que tens para dar.
Tens um valor inestimável! Nunca deixes de ser, muito menos de dar...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Vou sentir saudades tuas...

[Im Fine. - Pinterest]
[Be gente. - Pinterest]


(played during a thunderstorm)


Deixa-me ajudar-te...
Quero ouvir-te, e saber que os meus olhos te dão alento.
Tocar o teu rosto de mão quente e deixar que te deites na palma da minha alma.
Conta-me os medos que te assombram. Os receios que te controlam a vida e o espírito de quem és, que te suga a força e a vontade de seres, de te inspirares.
Desabafa o receio de te perderes de ti, do que já foste.

Sem ti, não consigo respirar!
Apareces em todos os recantos das minhas memórias, como personagem de fundo... E quando penso no nosso último beijo, no ultimo abraço, no ultimo "adeus"; O aperto no peito faz-me chorar a saudade que sinto todos os dias por ti.
É do teu olhar de sorriso tenurento, que vou sentir mais saudade. Dos teus lábios tocarem os meus gentilmente. Do conforto que foi chorar no teu peito, do reconforto que foi ser abraçado por ti.
É o desejo de te voltar a sentir junto de mim, minha, princesa, meu amor eterno...

Que a tua face não desapareça da memória.
Que o teu cheiro e doçura não esbote da minha pele.
Que a tua essência abrace para sempre quem sou.
Foste tu a minha amada. A minha paixão de uma vida, a parte de mim que nunca fui capaz de ser.
És a luz que me ilumina a escuridão do vazio que hoje, neste dia sombrio e frio, se abate sobre mim, me rasga o peito e enche de lágrimas num sofrimento mudo, num mundo que já não faz sentido.

Já senti amor, mas foste tu a primeira que mexeu comigo.
A primeira amizade por quem lutei mais.
A personalidade com quem mais cresci e amadureci.
Que não seja um acabar. Que não seja um adeus. Que o até já esteja ao virar da esquina, e todo o tempo que perdemos nos reencontre, com o mesmo amor e paixão do nosso primeiro beijo, do nosso primeiro abraço, ao pôr do sol, nas Portas de Coimbra, no sitio mais bonito que foi conhecer-te, descobrir-te e amar-te. Um momento ao qual me agarro, pois tudo o que é mais sagrado, aconteceu ali, junto de mim, por ti e para ti.


"Sê gentil contigo, estás a fazer o teu melhor que podes."