quinta-feira, 23 de maio de 2013

A eugenia existe...


A eugenia está presente na nossa sociedade, e vocês, simplesmente ainda não se deram conta. Está tão vincada na nossa cabeça, no meio ambiente que nos rodeia, que acaba por se perder dentro dos nossos ouvidos e dos nossos olhos. É como quando deixamos de ouvir o tic-tac do relógio por estarmos com o ouvido atento a outras coisas, ou por simplesmente estarmos com a atenção focada para outro tipo de estimulo exterior.
Só o simples facto de os mais ricos ou os mais inteligentes terem mais capacidade de poder aceder a certas coisas que são... ou poderão dar mais cultura e inteligência, não é por acaso.
A eugenia existe e é praticada por todos os órgãos de comunicação social, mesmo até fora dos filmes, das novelas, das revistas, dos telejornais, dos jogos, da rádio. É por isso que só um conjunto restricto de pessoas têm acesso a informações sobre música clássica, que têm dinheiro e capacidade para fazer mais. Como aquela festa privada e "secreta" feita pela "Skins Party Portugal", em que só os "escolhidos", os melhores podem entrar. Um pouco como no filme "Eyes Wide Shut", em que só os mais ricos podem entrar num culto secreto, em locais secretos.

Juventude Inquieta
Skins Party
As “Skin Parties”

O mesmo acontece com música clássica, em que só os que têm mais dinheiro, porque um bilhete não deve ser barato, sabem da sua existência. Existe alguns mais públicos porque é coisa corriqueira, muito normal, no entanto, a publicidade que passa sobre esses concertos é tão pouca, que 99.99% da população desconhece que existem. E porque razão há pouca publicidade sobre isso? Sobre grandes concertos de música clássica e opera? OU porque as pessoas são tão burras que estariam apenas a olhar para um palácio sem saber, ou porque a grande elite não quer gente medíocre e ignorante nos locais de culto que frequentam. É simples. Se esta cultura musical, tão valorizada pelos papás e mamãs que acham que por irem ouvir música clássica durante a gravidez que terão um filho sobre-dotado, e voltamos a falar e a bater num ponto que abordo em "O riquismo e a superioridade..." em que os papás querem obter e não fazer crescer, um filho cheio de talento, está longe do público geral, da mente da população ovelha, por alguma razão é. E eu concordo que assim seja, pois caso todos tivessem acesso, algo que é tão único ir-se ia perdendo, tornando em lixo e demasiado mastigado como acontece com a música em geral.

O Holocausto a cru...
A tua mente num frasco...
Eu quero, posso e Compro!

No sistema social em que vivemos, os únicos que terão a chance de aproveitar o mundo são os ricos... Já esta acontecendo  as praias, lugares, rios e etc, mais bonitos estão sendo privatizados. Tudo esta sendo comprado e no futuro vai ser pior. 
Por ju282828 em O vídeo que deve dar a volta ao mundo
A Eugenia não é feita apenas num contexto hereditário, psicológico, de inteligência, de escolaridade. É também construído em volta do que é "raro" e poucos devem ter acesso. Como falei acima por causa da música clássica, em que só uma parte da elite rica de um país tem acesso ou conhecimento. O mesmo com as roupas, com os trabalhos em grandes empresas, com a alimentação, restaurantes, viagens. Com este comentário, acrescentam-se as praias, os rios, os lagos, as florestas, os grandes terrenos e terras de cultivo. Tudo o que for "raro", único, diferente, grande, majestoso, compra-se e priva-se. O que até tem a sua lógica pois no fundo raso do nosso interior, do nosso ser animal, somos, como já escrevi e já li, invejosos. Tal como os macacos, que não sabem trabalhar em conjunto. Porém, por alguma razão, são muito bons a lutar.
À milhares de anos, quando ainda não havia civilização, o principal foco de descanso era junto aos rios e aos lagos. Famílias inteiras paravam e por vezes até formavam as suas aldeias. Basta entrar outro grupo na área, para despoletar-se uma guerra por um bem precioso. O mesmo que acontece quando um bando de leões ou lobos invade território inimigo.
Basicamente, estas privatizações, são o resultado de um ser que não quer partilhar com os mais fracos, aquilo que lhes pertence, não por direito mas por dinheiro. Aquilo a que dão valor, que tem valor e fornece uma quantidade cósmica de experiências.

Antigamente havia pobres e ricos, agora tudo quer ser rico.
-- Eu tenho um carro e tu tens uma carroça.
Hoje, é pior do que há 20 anos. Hoje, todos querem ser mais do que os outros. Querem ser melhores, ganhar mais, subir mais.
Como dizia um senhor na Sic em "Os Comentadores": Os portugueses são muito trabalhadores, mas não se dão bem. São invejosos, são somíticos. São como macacos! Os macacos não trabalham em conjunto, porque são invejosos! Porque sabem que terão de partilhar aquilo que conseguem, com o outro, e preferem não ajudar, não trabalhar em conjunto, do que ter fruto partilhado por mãos alheias. 
Em O riquismo e a superioridade...

É por esta razão, uns que não querem partilhar o que é bom, com aqueles que não compreendem, que não dão valor ou não merecem porque não são tão inteligentes ou melhores do que eles. Privam-nos, e talvez até com razão, porque as espécies não evoluem com beijinhos mas com lutas.

Outro ponto importante a mencionar, é o facto de todos os homens usarem cabelo curto, ou +/- curto. É raro haver rapazes com cabelo comprido. Isso, é anti-natura. Mas não é algo "anti-natura" desde sempre, nunca foi assim até à altura em que começou a haver aquilo a que hoje chamamos de "tropa", onde os rapazes eram obrigados a rapar o cabelo por causa, não só dos piolhos e doenças, mas também pela facilidade de lavar o cabelo e de remover a sujidade. Quando ainda combatíamos com espadas e escudos, os cabelos compridos eram predominantes por todo o soldado, desde os vikings ao gregos e romanos. É verdade que os romanos foram dos povos mais avançados em termos de tecnologia militar, e óbviamente para não gastarem tanta água em banhos, usavam o cabelo rapado/cortado, pois era mais fácil. Não pesava tanto, e a cabeça arejava melhor, no entanto, não significa que todos usavam cabelo rapado, ainda continuava a haver homens com cabelo comprido.
Tornou-se, com o passar dos séculos, sinónimo de homens viris, com dinheiro, com força, com poder. Já quando começou a "tropa", no seu sentido mais actual, este significado permaneceu igual e com uma imagem invejável, pois quem andava na tropa, tinha sucesso com as raparigas. Eram "homens" e já não meninos. Ainda hoje são vistos como uma delicia.
É essa a razão de se ver tanta publicidade com modelos de cabelo curto, porque são "geneticamente" perfeitos. "Socialmente" aceitáveis. Essa é a eugenia. A existência de padrões estandardizados e aceites pela sociedade. Porque um rapaz de cabelo comprido já não faz parte da norma, é uma excepção à "regra" que se transforma quase numa obrigação. Porque se alguém quer ser aceite, tem de pertencer à regra e não à excepção.
O cabelo curto, passou a ser a chama para grande parte de todas as mulheres, desde que a tropa foi introduzida na sociedade humana. O acto de rapar o cabelo, era algo duro de fazer para os homens até àquele momento, mas com os anos, tornou-se uma imagem de marca, um sinal de respeito e superioridade. Daí existirem os Skinheads, homens e mulheres com a cabeça completamente rapada, que tentam mostrar superioridade por um acto tão simples. Portanto, o cabelo curto, nos dias que correm é algo que atrai as mulheres, porque sentem que o homem fica mais limpo, mais visível, que não compete com o cabelo dela, é mais fácil de passar a mão, de o controlar.
Em O cabelo consciente...

As mulheres vão atrás dos bonitões por causa dos seus sistemas imunológicos
Você prefere mulheres de seios grandes ou pequenos?
Mulheres odeiam barbas, diz a ciência
Barbudos, alegrem-se! Ter o rosto coberto de pelos faz bem para a saúde
E se os seres humanos fossem duas vezes mais inteligentes?

É este bombardeamento constante de: "isto é perfeito, isto é bonito, isto é aceitável" e de "isto é feio, isto é mau, isto não é aceitável, isto é estranho, isto é diferente, isto é tabu" que os nossos cérebros são manipulados com facilidade.

Quando em 2010, houve a facilidade de entrar nas universidades, muitos alunos universitários, pais e professores vieram contestar essa nova possibilidade. Estavam contra a facilidade com que gente com notas baixas, gente medíocre, entrava nas universidades para terem os mesmos direitos e privilégios que aqueles que tinham dinheiro, que tinham mais capacidades, que tinham estudado... São gananciosos, é essa a realidade. São somíticos, invejosos, preconceituosos, eugénicos.

Como dizia um senhor na Sic em "Os Comentadores": Os portugueses são muito trabalhadores, mas não se dão bem. São invejosos, são somíticos. São como macacos! Os macacos não trabalham em conjunto, porque são invejosos! Porque sabem que terão de partilhar aquilo que conseguem, com o outro, e preferem não ajudar, não trabalhar em conjunto, do que ter fruto partilhado por mãos alheias. 
Em O riquismo e a superioridade...

O próprio rapaz que tem dado que falar não sei bem onde, o "Martins Neves", "cala" a Raquel Varela. Diz o rapaz que falou com as miúdas mais giras da escola dele, para fazer publicidade das suas roupas. Óbviamente, como inteligente e bem introduzido que o rapaz está na nossa sociedade elitista portuguesa, preferiu de imediato raparigas bonitas, por serem modelos, por serem seguidas e admiradas, invejadas e também cobiçadas pelos rapazes. Não é só por serem bonitas, mas por os rapazes possuírem a mente comercializada pela publicidade, filmes, novelas, músicas.
P&C Martim "over it"

A eugenia também aparece nos nomes das crianças. Algo que explico em  Eugenia "gramatical"... e  O ódio aos nomes....

São nomes que nos fazem lembrar pessoas e tipos de pessoas, namorados/namoradas, rancores, inveja, ciúmes, tristeza, poder, riqueza.
Só prova que as pessoas são "preocupadas" e acreditam, acima de tudo, com o futuro e no futuro "social", monetário e emocional "inter-pessoal" do seu filho. Pois cada nome representa um estatuto social e não querem que o seu filho seja o maior merdas. É um novo tipo de "riquismo". "O meu filho tem de ser melhor do que o teu!". 
... 
Perde-se muito tempo a guerrear o nome, enfiando no mesmo saco as duas famílias  numa luta gladiadora exaustiva para que o filho/filha tenham o melhor nome do mundo! Fazem do nome próprio tal alarido, como se o futuro do próprio filho dependesse disso. Uma coisa é não atribuir nomes cómicos aos filhos para não serem alvo de chacota e risadas dos professores, colegas e amigos, outra coisa é esmiuçar toda a lista de nomes do Wikipédia à procura do nome que soe a "dinheiro", "poder", "beleza", "respeito", "inteligência". O que estas pessoas não sabem, e que desconhecem de todo, é que nenhuma qualidade é atribuída automaticamente ao seu filho, só por ter um nome mais sonante. Pois uma criança só desenvolve se tiver bons pais e um ambiente sensitivo suficientemente "bom" para isso. 
Em Eugenia "gramatical"...
A eugenia está até nos preços das coisas, dos bens e serviços, nos alimentos, no bens de primeira necessidade. Quem tem dinheiro pode comer melhor, usar produtos melhores, ter tecnologia de ponta e segurança redobrada, casas mais acolhedoras, rios, carros, e terrenos enormes. Quem não tem... tivesse.
É normal que isto aconteça, pois como expliquei mais acima com a música clássica, se não queremos que algo "único" se torne corriqueiro, então limitamos esse acesso só a pessoas que valorizem.

E as novas possibilidades que os pais de hoje têm em escolher um bebé com os olhos azuis, loiro, sem doenças, alto como o pai e bonito como a mãe?
É também ela uma eugenia, vendida única e exclusivamente, pois está claro, a pais, a casais que possuam dinheiro. Quem não tem, sujeita-se ao que sair.
Clínica nos EUA oferece escolha de cor de olhos de bebês

É a lei dos mais ricos, dos mais inteligentes, dos mais "fortes". O que podes tu fazer contra isso? Absolutamente nada... Ou achas que as escolas e as universidades privadas existem só para os ricos? Óbviamente que não. São para aqueles papás que querem a melhor educação, o melhor apoio, os melhores professores, auxiliares, psicólogos, actividades e dedicação especial para o seu filho "prodígio". Se a eugenia existe nas escolas, então existe em todo o lado.


The Horrifying American Roots of Nazi Eugenics
Sociedade Civil - Como se Mede a Inteligência

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