quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eugenia "gramatical"...


O nome que damos aos nossos filhos, é escolhido até ao mais ínfimo pormenor emocional e social que nós queremos e cremos que ele virá a ter se tiver um nome X, Y ou Z.

São nomes que nos fazem lembrar pessoas e tipos de pessoas, namorados/namoradas, rancores, inveja, ciúmes, tristeza, poder, riqueza.
Só prova que as pessoas são "preocupadas" e acreditam, acima de tudo, com o futuro e no futuro "social", monetário e emocional "inter-pessoal" do seu filho. Pois cada nome representa um estatuto social e não querem que o seu filho seja o maior merdas. É um novo tipo de "riquismo". "O meu filho tem de ser melhor do que o teu!".
É um acto de eugenia, controlado pelos próprios pais, que fazem sem saber que o acto de escolha tão selectivo que estão a fazer, se denomina Eugenia e foi "banido" do sistema social Americano, apesar de ter sido amplamente estudado em França e Inglaterra.


Perde-se muito tempo a guerrear o nome, enfiando no mesmo saco as duas famílias  numa luta gladiadora exaustiva para que o filho/filha tenham o melhor nome do mundo! Fazem do nome próprio tal alarido, como se o futuro do próprio filho dependesse disso. Uma coisa é não atribuir nomes cómicos aos filhos para não serem alvo de chacota e risadas dos professores, colegas e amigos, outra coisa é esmiuçar toda a lista de nomes do Wikipédia à procura do nome que soe a "dinheiro", "poder", "beleza", "respeito", "inteligência". O que estas pessoas não sabem, e que desconhecem de todo, é que nenhuma qualidade é atribuída automaticamente ao seu filho, só por ter um nome mais sonante. Pois uma criança só desenvolve se tiver bons pais e um ambiente sensitivo suficientemente "bom" para isso.

Mas... é assim tão importante!? É só um nome, o resto é de família, em principio, a não ser que sejam estrangeiros.

Programa da Tyra Show, sobre nomes estranhos (sem link)
Names by Vsauce Vsauce (Youtube) [editado: 8/11/2013]


Porquê a preocupação? Bem, para quem não sabe, este riquismo e eugenia gramatical para com o nome, é algo bastante recente. Segundo o meu irmão conseguiu perceber, enquanto faz a nossa árvore genealógica, é a de que os nomes que eram dados aos filhos, se tornavam quase tão repetitivos como o José e a Maria. Não ligavam muito e qualquer coisa servia. Uma das razões, era pelo facto de os nomes de família importarem mais do que o próprio primeiro nome. Esta vontade mórbida de o nome dos filhos ser cuidadosamente escolhido começou à pouco mais de 50 anos, quase juntamente com a tão célebre frase:
"-- Vais ser Doutor! Advogado!" "-- Ele é rico, casa-te com ele!" "-- Ela tem muitos terrenos, aproveita! Atura-a só por uns anos e depois tens tudo." A cobiça das pessoas é algo feio, mais ainda, num país tão pobre como portugal. Pobre de cultura. Sim, sei que portugal tem muita cultura, enquanto país, mas como indivíduos  não tem nada.

Por tanto, as pessoas com a mania de me criticarem, por eu abordar temas como a luxuria portuguesa, e afirmar de que todos os portugueses, têm a mania da grandiosidade, de superioridade sobre os outros, a escolha dos nomes, é mais uma das provas irrefutáveis de que os portugueses, neste caso, são eugénicos, e são-no da forma mais mesquinha e exigente. Porque se sentem ofendidas quando se fala em "racismo", em preconceito, que não toleram ou não aceitam, e no fim, ou no "inicio" de cada nascimento, se transformam em hipócritas. Mas no fim, são eles quem odeiam os nomes que se vão escolhendo, porque não combina ou porque não fica bem com o "status social" que querem ver no seu filho.
Acusando-me de julgar sem saber, sem conhecer, sem compreender ou sequer ter vivido tal experiência  Não preciso de viver tudo, para compreender o mundo social que me rodeia. Não preciso de ouvir tudo, para saber como deveria ou como funciona. Preciso apenas de ver e saber usar o que tanto aprendo. Porque fazer sudoku ou palavras cruzadas, não significa inteligência, tal como o acesso à informação, não significa ser-se inteligente. Não sendo eu o mais em tudo, tenho o prazer, pessoal, em usar o meu cérebro e as minhas memórias para escrever e descrever.
Sentem-se incomodados por falar a verdade que não vêm, mas basta entrarem num centro comercial ou comprar uma roupa, que o seu ego trepa os degraus da luxuria e narcisismo em tempo recorde.
Porque é "moralmente incorrecto", falar em eugenia, e em selecção anti-natural. Hitler é conhecido por ter criado a Raça Ariana, e todos o julgam sem saber que ele era, já no seu tempo, nada mais do que um homem, seguindo os passos grandiosos mas invisíveis  dos visionários Spartanos, em que cada criança deficiente era sacrificada por não ser puramente talhada para a guerra. 300 (Filme)

Life in Classical Sparta - Birth and death 
"Sparta was above all a militarist state, and emphasis on military fitness began virtually at birth. Shortly after birth, a mother would bathe her child in wine to see whether the child was strong. If the child survived it was brought before the Gerousia by the child's father. The Gerousia then decided whether it was to be reared or not. If they considered it "puny and deformed", the baby was thrown into a chasm on Mount Taygetos known euphemistically as the Apothetae (Gr., ἀποθέται, "Deposits").[67][68] This was, in effect, a primitive form of eugenics.[67] Sparta is often portrayed as being unique in this matter, however there is considerable evidence that the killing of unwanted children was practiced in other Greek regions, including Athens.[69]
When Spartans died, marked headstones would only be granted to soldiers who died." - Sparta

Quociente de Inteligência - Um Engano (2010) (Odisseia)

Um nome, hoje em dia, tem de ser mais do que letras, tem de ser uma auto-entidade, uma auto-consciência, uma auto-riqueza, que transforme sem esforços, os bebézinhos em criaturas com qualidades mágicas e intelectualmente superiores a todas as outras crianças.
Podia falar da teoria de que ouvir Mozart, "música clássica" durante a gravidez, que faz bem ao bebé. Que falar com eles e dar-lhes a conhecer uma panóplia de cores e palavras os ajuda a desenvolverem a sua memória, a sua fala, que tocarem um instrumento melhora a capacidade motora da coordenação cerebral. Nada disto é verdadeiro, se não se souber ensinar. Nesses casos, a eugenia falha com toda a força. Mas a questão é sobre o nome e não sobre a "inteligência" hereditária. Pois segundo a tese da Professora Júlia  Gomes, sobre o suicídio; Este não é transmitido de pais para filhos geneticamente, mas emocionalmente, através do ambiente em que coexistem.
Tese de Mestrado "O processo suicida numa perspectiva sistémico-familiar" de Júlia Maria Correia Laiginhas de Almeida Gomes do ano de 1996.

Estudo Confirma Relação entre Obesidade e Depressão

O meu filho tem que ser melhor do que os outros! "-- Tens de ser! Ouvis-te!? Ai de ti que tires más notas e não tenhas sucesso na vida!! Não te pari para seres um parasita".
E assim esperam, os pais, que os filhos milagrosamente se transformem...

Sem comentários:

Enviar um comentário