terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não preciso...


Não preciso da tua compaixão, nem dos teus sorrisos falsos, nem abraços de forçados...
Não preciso das tuas criticas nem das conversas insignificantes...
Não preciso de nada teu...

[editado 07-08-2012]
Nem de prendas ou de saudades fingidas... de troca de olhares, carregados de saudade, ou da tristeza que se estampa no teu rosto cada vez que me ouves falar para alguém que não tu.
Não preciso das conversas nem dos poemas que me escreves-te "com tanto amor e carinho". Não quero o teu anel no meu dedo nem filhos que não posso ver.
Não preciso de ver as tuas lágrimas, de ver a tua cara gritar de solidão, nem de te ouvir dizer o quão arrependida estás. Não preciso de te dar uma segunda oportunidade, porque nunca me deste nenhuma com total amor e confiança. Com consciência e maturidade. Já não preciso de ti.

Ver-te acordar de manhã já não faz parte dos meus desejos. Fazer amor contigo, já não me deixa feliz. Segurar-te nos braços é só uma memória distante, uma pintura antiga de um artista desconhecido. Sê o que tu quiseres, mas não o sejas comigo. Sê o que conseguires, mas não sejas algo aos meus filhos. Nem mãe, nem amiga, nem conhecida. Não preciso dos teus concelhos. Das tuas palavras vazias de cérebro que nunca achas-te oco, mas sempre cheio de razão que não tinhas.
Não precisas de viver assim! Não precisas de tentar ser sempre melhor do que os outros em tudo! Não precisas de falar como se fosses mais, nem ficar sempre por cima. Tu não és mais nem nunca foste mais do que eu. Não é uma competição. Era amor? Serias tu a parasita e eu o animal que te alimentava. Colaste-te a mim até que cresceste e como fizeste com todos os outros, deixaste-me.
Não precisas de chorar para que eu volte, nem de escrever cartas de amor, ou de me esperares à porta. Não precisas... porque eu não preciso.

Se eu for para o inferno por não acreditar num "deus", caminharei até às portas com todo o agrado. Pois prefiro ser dos que lutaram pelo conhecimento e não conseguiram, do que daqueles que simplesmente se sentam à sombra de uma árvore, sem nunca se perguntarem de onde veio a sua semente. Avé moi!
Prefiro ser o humano casmurro que perdeu tudo o que tinha para perder. Prefiro a solidão do amor e a companhia da tristeza, mas no fim ter chegado tão longe quanto eu nunca imaginei. Porque não tendo eu nada para dar ao mundo, o mundo tem muito para me mostrar. Quedas para dar e sorrisos para mostrar.

Não preciso de conviver, preciso de viver! De aprender e escrever aquilo que sou, sinto e imagino um dia ser, para que quem vier um dia por trás de mim, saber o quão diferente ou igual fui.
Não preciso de nada, pois nada eu sou...

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